Vereador Luz relata excesso de autoridade da Prefeitura e diz que prefeita quer população ajoelhada aos seus pés

por victor.farias — publicado 30/06/2020 17h12, última modificação 30/06/2020 17h12

O vereador João Marcos Luz (MDB) relatou no decorrer da sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira, 30 de junho, um caso que chamou de excesso de autoridade por parte da Prefeitura de Rio Branco contra os pequenos comerciantes e camelódromos e afirmou que a prefeita Socorro Neri quer a população ajoelhada aos seus pés.

“Quero aqui dá um testemunho. Eu estava passando aqui na entrada do bairro onde moro, o Tancredo Neves, onde tem uma distribuidora grande. Quando estava passando, vi a Vigilância Sanitária e a Polícia Militar, então parei para observar o trabalho da Prefeitura de Rio Branco e da Polícia Militar. Observei que distribuidora estava sendo fiscalizada, mas não tinha um cidadão dentro da distribuidora. Um cidadão sequer. Do lado de fora tinham oito pessoas. Mas lá o espaço é grande e, certamente, essas pessoas não estavam juntas, logo, não tinha aglomeração. Só que a Prefeitura de Rio Branco estava lá multando um cidadão que gera diretamente três empregos. Um cidadão que é trabalhador e honesto. Pude constatar o excesso de autoritarismo e excesso de tudo. Inclusive, pude observar que isso é uma perseguição ao comerciante, que não poderia de forma alguma ter que passar por uma situação daquela. Quando entrei no meu carro pude visualizar outro excesso: o excesso de burrice por parte de quem deveria proteger emprego, deveria proteger a renda, mas, não, está preferindo aumentar o caos. Hoje é como se todos tivessem que se agachar à prefeita Socorro Neri. Todos tivessem de se ajoelhar aos pés da prefeita Socorro Neri porque ela sabe de tudo. Ela tem a chave do cofre, ela tem a chave do inferno, ela tem a chave do céu e ela tem tudo na mão. E o pior: ela não ouve ninguém. Hoje todos os rio-branquenses têm que estar ajoelhados aos pés da prefeita Socorro Neri”, disse.

 

Luz continuou firme em seu discurso contra a medida da Prefeitura e afirmou que o critério adotado pela gestão para grandes e pequenos comerciantes é totalmente diferente, o que vem prejudicando a população no geral.

“A gestão pública municipal não tem uma mínima visão de preservação das empresas que geram emprego. Não tem a mínima visão da preservação do trabalho que gera autoestima. Quando o cidadão trabalha, quando o cidadão tem dinheiro no bolso, ele chega em casa de cabeça erguida, ele chega em casa feliz, ele trata os filhos bem e ele trata a mulher bem. Quando ele não tem trabalho e chega em casa com o bolso vazio, ele chega estressado e infeliz. É por isso que tenho dito, desde o princípio, que era possível o Poder Público agir numa mesma conexão, na qual cuidasse da saúde pública e do emprego, mas não foi feito isso. Portanto, estou vendo uma ausência de compaixão por parte da Prefeitura de Rio Branco aos camelódromos e aos pequenos comerciantes. Estava vendo um artigo sobre as outras epidemias no mundo, e quem cresceu e ganhou muito dinheiro foram os grandes.  É o que a gente observa aqui. Por exemplo, em Rio Branco pode passar todos os supermercados. Todas as redes grandes estão com seus estacionamentos lotados, enquanto os pequenos estão sendo massacrados e pisoteados pelo Poder Público. Nota-se que a Prefeita não tem familiaridade com a iniciativa privada. Nunca gerou empregos, então não sabe o que é uma empresa fechar e um trabalhar perder o emprego”, ressaltou.