Vereador Cap. N. Lima questiona dados da segurança pública: "contraditórios", disse

por Marcela Jansen publicado 06/11/2023 21h36, última modificação 06/11/2023 21h36

 

Durante a sessão realizada na Câmara Municipal de Rio Branco, na quarta-feira (1), o Vereador N. Lima expressou sua preocupação e enfatizou a importância de um compromisso firme com a legalidade na segurança pública.

O vereador questionou o motivo de duas notícias conflitantes relacionadas à segurança pública no Estado, destacando uma divulgação da Polícia Civil que alegava uma redução de 22% nos crimes de violência na cidade, enquanto o Ministério Público relatou um aumento significativo dos casos criminais em Rio Branco. Ele levantou a questão sobre qual dessas informações era precisa.

"Existem duas notícias contraditórias sobre a segurança pública em nosso Estado. A Polícia Civil alega uma redução de 22% nos crimes de violência em nossa cidade, enquanto o Ministério Público afirma que o crime organizado e os crimes violentos aumentaram em 54%. Quem está dizendo a verdade? Quem está deturpando os dados?", questionou.

O vereador também debateu sobre a legalidade das operações de segurança no Estado e destacou o município de Boca do Acre, no Amazonas, como um exemplo de sucesso devido à administração comprometida com a legalidade.

"O município de Boca do Acre, no Amazonas, é conhecido por ter uma das menores taxas de criminalidade, e isso se deve à gestão que inclui um tenente, agora capitão, que utiliza o direito criminal em colaboração com o promotor e juiz local, mantendo-se estritamente dentro dos limites da legalidade. Quando as autoridades realmente usam seu poder em conformidade com a lei, os resultados são diferentes."
Ele também compartilhou suas preocupações com projetos discutidos na Câmara que, apesar de seu potencial para beneficiar a população, frequentemente enfrentam desafios de elegibilidade devido a problemas internos não resolvidos.

"Passamos semanas discutindo projetos importantes que poderiam trazer benefícios à população, mas muitas vezes eles são considerados inelegíveis devido a questões internas não solucionadas."

O Vereador enfatizou a necessidade de ter pessoas comprometidas com a legalidade e com o uso adequado da lei para abordar os desafios de segurança no Estado.

"A segurança de nosso país parece estar entre baratas , e precisamos de pessoas que assumam suas responsabilidades e ajam com determinação para fazer cumprir a lei sem recorrer à truculência. Recentemente, testemunhei um incidente em Plácido de Castro, no qual um policial utilizou força excessiva para prender um cidadão indefeso. Como policial militar, já enfrentei situações de risco, mas jamais me desviei da legalidade. Prendi um cidadão que atirou em mim sem recorrer à violência desmedida, sem causar danos físicos desnecessários. Devemos preservar a legalidade e garantir que nossa segurança pública seja conduzida com responsabilidade." (Fernanda Maia, estagiária de Jornalismo na CMRB)