PL que institui rede de atenção às pessoas com esquizofrenia é aprovado na Câmara

por victor.farias — publicado 22/07/2019 11h39, última modificação 22/07/2019 11h39

O projeto que versa sobre a criação de uma rede de atenção às pessoas com esquizofrenia, de autoria do vereador João Marcos Luz (MDB), foi aprovado recentemente na Câmara de Vereadores de Rio Branco.

A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade (psicose), alucinações (é comum ouvir vozes), falsas convicções (delírios), pensamento e comportamento anômalo, redução das demonstrações de emoções, diminuição da motivação, uma piora da função mental (cognição) e problemas no desempenho diário, incluindo no âmbito profissional, social, relacionamentos e autocuidado.

Não existe um exame diagnóstico definitivo para a doença. O médico estabelece o diagnóstico com base numa avaliação abrangente do histórico da pessoa e da sua sintomatologia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esquizofrenia é um dos principais transtornos mentais e acomete 1% da população em idade jovem, entre os 15 e os 35 anos de idade, e é a terceira causa de perda da qualidade de vida entre os 15 e 44 anos, considerando-se todas as doenças.

O projeto

O autor do projeto destaca que a iniciativa de apresentar o PL surgiu a partir da falta de conhecimento acerca do assunto por parte da população. "As pessoas diagnosticadas com esse problema enfrentam muitas dificuldades. Então, elas precisam ter um lugar onde vão ter uma rede de tratamento a longo prazo, envolvendo a família. Esse projeto é para que a prefeitura absorva essas pessoas com essa rede de atenção", disse.

Ele pontua que “a rede tem por finalidade a atenção de forma integral às pessoas com esquizofrenia, em todos os níveis de atenção à saúde estabelecida pela Rede de Atenção Psicossocial, realizando ações para defesa e garantia de direitos, proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação psicossocial, inclusão, trabalho e geração de renda”.

"Chegou ao posto de saúde e foi diagnosticado, então vai ser encaminhado para esse centro municipal e lá ele vai ter acompanhamento psicológico, psiquiátrico, de assistência social, por exemplo", frisou.