Implantação das práticas integrativas na Rede de Atenção Básica é tema de debate na Câmara

por Marcela Jansen publicado 07/03/2023 14h20, última modificação 07/03/2023 14h20

 

A pedido do vereador Ismael Machado (PSDB), a Câmara Municipal de Rio Branco realizou na terça-feira, 7, uma Tribuna Popular na qual debateu a criação do Programa Municipal de Práticas Integrativas e Complementares e de Educação Popular em Saúde (PMPICEPS).

Na oportunidade, o parlamentar ressaltou que estará apresentando na Casa Legislativa um projeto de lei que trata sobre o tema. “Desde já peço o apoio dos nobres colegas para apreciação e aprovação deste PL que tanto irá beneficiar nossa população cuidando do seu bem-estar, além de prevenir de forma natural várias doenças de trato mental e psicológico”, disse.

E acrescentou: “essas ações diminuem gastos com remédios, atendimentos e internações hospitalares. Dentre as práticas temos a cromoterapia, acupuntura, homeopatia, medicina antroposófica, musicoterapia, e muitas outras”.

Ismael ressaltou ainda que essas práticas de tratamento também serão disponibilizadas aos profissionais de saúde. “Tivemos um período de pandemia que mexeu com a saúde física e mental de muitas pessoas, em especial, os profissionais da saúde. Essa prática vai cuidar desses profissionais. Um PL pertinente para colocar na Saúde Básica cujo custo de implementação é mínimo”, falou.

Caberá ao PMPICEPS, visando a dar suporte à sua plena expansão, promover ações nas áreas de saúde, agricultura, meio ambiente, ensino, assistência técnica e pesquisa, bem como em outras possíveis áreas, junto a instituições que mantêm interface com as atividades propostas por esta Lei. Assim como, também, a criação de unidades de Centro de Atendimentos de Terapias Integrativas, que atuem em conjunto (através de encaminhamentos) com unidades de atendimento da rede de atenção básica, como postos de saúde e os CAPS (Centros de Atenção Psicossociais).

Também participaram do encontro a professora Francisca Veras e a terapeuta Samilly Barbosa.

Veras destaca que essa modalidade de tratamento permite um atendimento humanizado a população. “Nos ambientes de saúde vemos a preocupação em torno dos atendimentos humanizados e mais modernos e essas práticas atendem a esse desejo. Teremos um atendimento mais adequado e que vai proporcionar prevenção mental, emocional e psicológica por meio do SUS”, frisou.

Samilly ressalta que apesar das práticas serem antigas, poucas pessoas possuem conhecimento a respeito. “Esse tipo de programa é de obrigação de conhecimento. Quando falamos dessas práticas e de acessibilidade aos cuidados de aceso mental poucas pessoas sabem. Temos bons programa e que seriam de extrema importância que fossem implantados na Rede Municipal de Saúde. Segundo informações da OMS, 69% dos brasileiros se preocupam com saúde mental, porém, o tratamento se restringe a quem tem condições de pagar, tendo em vista a deficiência na rede pública. Esse programa supre essa necessidade”.

 A vereadora Lene Petecão parabenizou as profissionais pela dedicação em ampliar o debate em trono do assunto. “Infelizmente, o Estado não vê a saúde mental como a doença do século. Precisamos ter um olhar diferenciado, pois ela está relacionada entre as doenças que mais matam. Parabenizo as meninas por ampliarem o debate e me coloco a disposição para avançarmos nesse assunto”, falou.

A vereadora Elzinha Mendonça também reiterou apoio a proposta. “Também coloco meu mandato a disposição para ampliarmos esse debate e, consequentemente, aprovação do PL”.