Fábio Araújo reforça cobrança por transparência no uso de subsídios do transporte público

por Marcela Jansen publicado 10/09/2025 20h06, última modificação 10/09/2025 20h06

 

Durante sessão de quarta-feira, 10, na Câmara Municipal de Rio Branco, o vereador Fábio Araújo utilizou a tribuna para questionar novamente a falta de transparência no uso dos recursos destinados ao subsídio do transporte coletivo de Rio Branco. O parlamentar destacou que o novo pedido protocolado pela Prefeitura precisa vir acompanhado de relatórios que comprovem os gastos, conforme previsto em lei.

Ao relembrar os compromissos firmados em 2022, quando foi aprovado o primeiro subsídio, Araújo ressaltou que a legislação estabelecia a apresentação periódica de relatórios pela RBTrans, condição que, segundo ele, não vem sendo cumprida. “Esse relatório nunca apareceu. É visagem. De junho de 2024 em diante, não temos nesta Casa os comprovantes mensais referentes aos valores pagos com o subsídio”, afirmou.

O vereador apresentou ainda uma comparação dos preços do óleo diesel utilizados como justificativa para o aumento das passagens e do repasse público. Ele lembrou que, em 2022, o combustível custava em média R$ 7,56, valor superior ao registrado atualmente. “O principal gasto da operação se manteve estável. Outros custos, como lubrificantes e pneus, tiveram aumento, mas não justificam um reajuste de R$ 1,00 na tarifa”, explicou.

Fábio Araújo também questionou a ausência do projeto de lei necessário para viabilizar a licitação do transporte público, assunto já tratado anteriormente na Câmara. “O subsídio chega, mas o projeto para a licitação some. Precisamos entender o porquê dessa omissão”, disse.

Segundo cálculos apresentados pelo vereador, o impacto financeiro do novo subsídio pode chegar a quase R$ 10 milhões por ano, considerando a média de um milhão de passageiros mensais. “É um recurso expressivo, e precisamos saber para onde está indo, já que a frota de ônibus continua diminuindo e veículos quebrados seguem circulando”, concluiu.