Ex-prefeita de Rio Branco Socorro Neri é ouvida na CPI do Transporte Público

por Lumarques — publicado 25/05/2022 09h45, última modificação 25/05/2022 09h44

A Comissão Parlamentar de Inquérito que visa à fiscalização do setor do transporte público de Rio Branco, recebeu nesta terça-feira (24), a ex-prefeita de Rio Branco Socorro Neri, que foi ouvida na condição de testemunha no inquérito da CPI.

Socorro Neri era vice-prefeita de Marcus Alexandre e assumiu a prefeitura da capital quando ele decidiu deixar o cargo em 2018 para concorrer à vaga de governador do estado, com isso Socorro Neri ficou à frente da prefeitura até dezembro de 2020.

No primeiro momento a ex-prefeita foi questionada a respeito, se na época tinha conhecimento das condições de como as empresas operavam e que tipo de fiscalização ou notificação foi feita a elas. Socorro, explicou que a RBtrans era responsável pela focalização e que ela cumpriu com todas as obrigações possíveis, e que eram feitas reuniões com os representantes para encontrar uma solução melhor para o serviço, como a inovação da implantação do Terminal de integração da Ufac.

"Estávamos reunidos com as equipes, conversando sobre a necessidade de que as empresas fossem melhorando o serviço prestado, o serviço estava caminhando, estávamos implantando um sistema melhor, com a implantação do Terminal de Integração da Ufac quando, em março, já com previsão de instalar em 2020 mais duas linhas troncais, estourou esse evento [pandemia] e não tinha como fazer qualquer aspecto da vida pública sem considerar a pandemia. As empresas já vinham apresentando um desequilíbrio financeiro por razões de dificuldades, houve um decréscimo no número de passageiros que antes circulavam", explicou.

Em outro momento, o vereador Emerson Jarude (MDB), questionou sobre quais as medidas foram tomadas quanto à penalização das empresas, que não estavam cumprindo com as cláusulas contratuais na época.

"Foram feitas diversas notificações a cada problema apresentado, mas não nos davam a segurança para rescisão dos contratos. Havia o entendimento de que devíamos fazer todo esforço para manter o serviço, a medida em que considerávamos essencial para a população. Não é fácil fazer uma nova licitação para isso, acompanhamos um processo de licitação em Porto Velho, discutíamos as dificuldades do transporte coletivo e identificamos que não era só aqui que havia essas dificuldades", justificou.

Ao final, foram apresentado o requerimento para convidar o prefeito de Rio Branco Tião Bocalom (Progressistas), para prestar esclarecimento a respeito do transporte público e também a apresentação das cartas convite enviada nos anos de 2021 a 2022 para as empresas de transporte público para participação em processo emergencial e para contratação de frota de ônibus para o município.

No próxima quinta-feira (26) a Comissão deve se reunir para ouvir a ex-superintendente da RBtrans, Sawana Carvalho.