CPI do Transporte ouve presidente do Sindcol e o presidente da Associação de Moradores de Rio Branco
Na terceira sessão da CPI que investiga o transporte público de Rio Branco, os vereadores ouviram o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos do Acre (Sindcol), Aluízio Abade, que também é administrador e procurador das empresas Viação São Judas Tadeu e Via Verde, que operam na Capital, e o presidente da União de Moradores das Associações de Rio Branco (Umarb), Jorge Wendeson Vieira Cavalcante.
Questionado pelo relato da Comissão, vereador Adaiton Cruz (PSB) sobre o cenário atual do transporte público e o que afetou o sistema, o presidente do Sindcol respondeu que a capital já vivenciou bons momentos no transporte público, porém culpou a pandemia e a concorrência de outros modais de transporte que ocuparam a capital.
“infelizmente a pandemia afetou, juntamente com o surgimento de novas alternativas de transportes como Uber e táxi compartilhado, uma concorrência desonesta, já que é um transporte que não paga imposto e trouxe esta decadência para o sistema”, disse.
A presidente da CPI, vereadora Michelle Melo (PDT) perguntou se aporte destinado pela prefeitura no valor de R$ 2,4 milhões seria suficiente para sanar os débitos com os funcionários, em resposta, Abade disse que seria suficiente mas que não daria para pagar os encargos e que também considerava o projeto “perigoso”
“Hoje é a solução que temos para sanar o problema do trabalhador que é devido as empresas terem sido prejudicadas devido á pandemia, com a queda de passageiros, agora pagar uma dívida por causa da pandemia e deixar de receber daqui para frente, preocupa também o futuro. Eu acho perigoso antecipar receita e depois ficar sem ela.”, disse Abade aos vereadores.
Ainda em sua fala, Abade também relatou que o transporte coletivo não oferecia lucros, porém não poderia romper o contrato pelo compromisso com os trabalhadores.
Já o presidente da União das Associações de Moradores de Rio Branco (Umarb), Jorge Wendeson Vieira Cavalcante atribuiu a culpa à gestão.
“Nós culpamos a gestão tanto atual quanto passada pelo mau serviço. Por que as empresa de ônibus não são substituídas? É essa é a pergunta que fazemos. Porque essas empresas nunca são penalizadas?” Na gestão passada tínhamos reuniões nas regionais onde era decidido se retirava ou permaneciam linhas, nesta gestão isso não acontece. A gestão do Aluísio foi uma decepção total”, desabafou.