Câmara de Vereadores debate fome e qualidade do alimento em Rio Branco

por victor.farias — publicado 18/10/2019 19h52, última modificação 18/10/2019 19h52

Por indicação do líder do Executivo, Rodrigo Forneck (PT), a Câmara de Vereadores de Rio Branco promoveu nesta sexta-feira, 18, uma audiência pública que debateu a política de segurança alimentar e nutricional do Município.

 

O debate, que reuniu gestores públicos da área de Assistência Social, Agricultura Familiar e Desenvolvimento Econômico, Banco de Alimentos e movimento social, girou em torno da qualidade e distribuição dos alimentos e da fome no país.

 

“Apesar de estarmos em pleno século 21, ainda convivemos com a fome. No Brasil, cinco milhões de brasileiros estão em estado de desnutrição e, apesar disso, a política nacional sofre um desmonte. A primeira medida adotada pelo atual presidente foi a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar”, destacou Cazuza”, como é conhecido o membro do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Rio Branco, Eduardo Borges.

 

A decisão fragilizou a atuação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). Em Rio Branco, a prefeita Socorro Neri manteve ativo o conselho municipal. Para o vereador Rodrigo Forneck e os demais ativistas da causa, os governos devem implementar políticas de Estado que democratizem o acesso do alimento de qualidade.

 

“A gente precisa entender que, cada vez mais, temos que caminhar para uma política pública que garanta o acesso ao alimento, sem que seja uma política assistencialista, pois as pessoas precisam de ações efetivas que lhes gerem melhores condições de vida”, endossou Rodrigo.

 

Para a irmã Tereza Fierro, representante de uma creche comunitária, a discussão passa pela valorização do pequeno produtor. “Alimentação é um direito e nós temos que pensar a realidade e agir. A merenda municipal, entregue na creche, é muito boa, mas pode melhorar. Temos que valorizar o pequeno produtor, a agricultura familiar. Não temos como pensar em educação, projeto social ou qualquer outra ação, se o beneficiário não tiver comida para se alimentar”, observou.

 

O vereador Mamed Dankar (PT) também participou e contribuiu com o debate. A audiência pública contou ainda com a presença do secretário municipal de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Econômico, Paulo Braña, e equipe, bem como da representante da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, Dalcicléia Alves, dos conselheiros do Consea, vereadora Lene Petecão, entre outros.