André Kamai repudia ataques à Marina Silva e truculência do governo em evento ambiental

por Eliamara Moura Pontes Lisboa publicado 28/05/2025 15h35, última modificação 28/05/2025 19h14

 

Em pronunciamento realizado na manhã de quarta-feira (28), na Câmara Municipal de Rio Branco, o vereador André Kamai (PT) fez duras críticas à postura adotada por senadores durante a audiência com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, realizada no Senado Federal no início da semana. Para o parlamentar, o episódio representou um desrespeito institucional e uma tentativa deliberada de constranger a ministra.

“Transformaram o Congresso em palco de ataques infundados e ignorância. A sessão foi armada com o objetivo de desestabilizar Marina Silva, mas ela respondeu com firmeza, dignidade e respeito à altura do cargo que ocupa”, afirmou o vereador, citando a repercussão do episódio na imprensa nacional. “Como bem pontuou a jornalista Natuza Nery, aqueles senadores jamais alcançarão o prestígio que Marina conquistou no Brasil e no exterior”, completou.

Ainda em seu discurso, Kamai também condenou a forma como o governo do Estado tratou manifestantes durante a 15ª Reunião Anual do GCF Task Force, ocorrida na Universidade Federal do Acre (UFAC), em Rio Branco, na semana passada. Segundo o vereador, a manifestação pacífica foi reprimida de forma autoritária.

“É inadmissível que, em um fórum internacional sobre clima e meio ambiente, se reprima manifestações legítimas com uso de força policial. Isso foi uma ordem direta do governador Gladson Cameli. Há registros em vídeo”, denunciou o parlamentar, que classificou a ação como reflexo de um governo “incompetente, intolerante e sob suspeitas de corrupção”.

Kamai finalizou seu discurso destacando que o evento evidenciou as contradições da política ambiental do Acre. “Enquanto o Brasil avança na redução do desmatamento e na consolidação de sua diplomacia ambiental, o Acre segue na direção oposta: o desmatamento aumentou 30% e os índices de geração de emprego continuam estagnados. Isso precisa ser denunciado”, concluiu.

Por Marcela Jansen