Vereador Fábio Araújo propõe Frente Parlamentar em defesa do produtor rural

por Eliamara Moura Pontes Lisboa publicado 29/05/2025 13h55, última modificação 29/05/2025 13h55

 

Em discurso firme na tribuna da Câmara Municipal, nesta quinta-feira (29), o vereador Fábio Araújo (MDB) propôs a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa do Produtor Rural, iniciativa articulada com o vereador André Kamai, após participação em uma audiência pública na Transacreana. O encontro, ocorrido na última sexta-feira, discutiu as condições precárias dos ramais e os entraves enfrentados pela agricultura familiar em Rio Branco.

Segundo o parlamentar, a Frente terá como missão representar, proteger e fortalecer os interesses dos trabalhadores e empreendedores do campo — incluindo agricultores familiares, pequenos produtores, extrativistas e preparistas. O objetivo é ampliar o diálogo com os órgãos públicos e enfrentar as barreiras que hoje impedem o avanço do setor rural.

“Quem tem uma pequena área de 50 hectares já sofre embargo do Ibama sem sequer entender o motivo. O satélite de Brasília acusa uma suposta irregularidade e o produtor fica impedido de acessar crédito, renovar sua DAP ou comercializar seus produtos”, denunciou Fábio.

O vereador relembrou episódios recentes, como o bloqueio na BR-364 por produtores da região da Reserva Extrativista Chico Mendes, que, segundo ele, tiveram máquinas incendiadas e propriedades invadidas por agentes federais, sem qualquer explicação prévia ou diálogo.

“Precisamos de políticas públicas que defendam o homem do campo. Não dá mais para tratar nosso produtor como criminoso. Muitas vezes, essas pessoas não tiveram acesso à educação formal e dependem do apoio técnico e político para sobreviver”, afirmou.

Fábio Araújo também criticou a postura do Executivo municipal quanto à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Ele alegou que o projeto foi enviado de forma incompleta à Câmara, com ausência dos principais anexos, o que inviabiliza a análise e apresentação de emendas no prazo legal.

“Não podemos atropelar os prazos por conta da inoperância e da falta de comprometimento do Executivo. O prazo de 10 dias só pode começar a contar quando o projeto estiver completo”, alertou o parlamentar, ressaltando ainda a ausência de informações sobre o Plano Plurianual (PPA), que já deveria estar sendo debatido.

(Por Marcela Jansen | Câmara Municipal de Rio Branco)