Fábio Araújo faz balanço crítico sobre subsídios ao transporte coletivo em Rio Branco
Durante a sessão desta terça-feira, o vereador Fábio Araújo (MDB), em pronunciamento na Câmara Municipal de Rio Branco, no Grande Expediente, apresentou um apanhado sobre os repasses de subsídios ao transporte coletivo de Rio Branco desde 2021. Com base em nota técnica recebida no início da sessão, o parlamentar destacou números e questionou a falta de resultados práticos diante dos valores já aplicados.
Segundo Fábio Araújo, em janeiro de 2021 o então prefeito anunciou que abriria a chamada “caixa preta do transporte coletivo”, mas, ainda naquele ano, já foi autorizado o primeiro subsídio no valor de R$ 1,3 milhão, destinado a aproximadamente 20 mil famílias de baixa renda. “Com esse argumento, iniciou-se uma série de repasses que, ao invés de resolver o problema, passou a sustentar a mesma frota antiga e deficiente que era criticada anteriormente”, afirmou.
O vereador lembrou que, em 2022, o subsídio chegou a R$ 14 milhões; em 2023, subiu para R$ 43 milhões, valor que se repetiu em 2024. Agora, em 2025, a proposta em análise prevê acréscimo de mais R$ 13 milhões, elevando o custo total dos subsídios, segundo o parlamentar, a mais de R$ 100 milhões. “É um recurso público de grande monta sem a devida contrapartida em qualidade do serviço. A frota segue envelhecida, com idade média de 7 a 10 anos, e a população continua enfrentando dificuldades diárias”, destacou.
Fábio Araújo frisou que não se trata de ser contra o transporte público ou contra a gestão municipal, mas de cumprir o papel de fiscalização do Legislativo. “Não estou aqui para malhar o prefeito, mas para exigir coerência. Nosso transporte não é péssimo, é pior do que péssimo. É uma vergonha sustentar uma empresa sem licitação, sem concorrência e sem renovação de frota. É nosso dever cobrar clareza sobre cada centavo que sai dos cofres públicos”, finalizou.