Elzinha Mendonça apresenta projeto para criar canal de denúncias de discriminação racial

A defesa da igualdade racial e da proteção às mulheres voltou ao centro do debate da vereadora Elzinha Mendonça (PP), que apresentou um projeto de lei para instituir o Canal Municipal de Denúncias de Discriminação Racial e Étnico-Racial em Rio Branco. A proposta cria um mecanismo oficial de acolhimento, registro e encaminhamento de casos de racismo, garantindo sigilo, escuta qualificada e produção de dados para orientar políticas públicas.

O projeto nasceu após Elzinha tomar conhecimento de que o Acre ainda figura entre os estados sem um canal específico de denúncias de racismo. Para a parlamentar, Rio Branco tem condições de avançar antes da esfera estadual, oferecendo às vítimas um caminho institucional seguro.

O texto prevê que o canal seja integrado a uma rede de proteção e gere relatórios periódicos, permitindo que o município identifique padrões de violência racial, fortaleça ações educativas e atue na prevenção.

Elzinha também relatou que a apresentação da proposta ganhou ainda mais sentido após vivenciar, na noite anterior, um episódio de violência política de gênero durante a abertura dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, promovido pela Secretaria da Mulher. A vereadora contou que foi interrompida enquanto discursava, situação que classificou como desrespeitosa e constrangedora.

Segundo ela, apesar do ocorrido, sua atuação segue pautada pelo compromisso com a proteção das mulheres e pela construção de políticas públicas que assegurem direitos, dignidade e segurança.

Elzinha é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e integra a comissão interna da Câmara destinada a combater assédio e violência de gênero. A vereadora destacou que sua trajetória é marcada por projetos aprovados e ações contínuas em defesa das mulheres, acrescentando que o episódio não altera sua postura de respeito e firmeza.

A parlamentar afirmou que continuará a apresentar iniciativas voltadas ao enfrentamento do racismo e da violência de gênero, reforçando que a Câmara é o espaço onde exerce plenamente sua voz. “Aqui é onde eu falo. Aqui eu tenho voz. E seguirei defendendo todas as mulheres.