Elzinha apresenta projeto que reserva 20% das vagas de estágio para jovens autistas na Câmara

por Marcela Jansen publicado 26/06/2025 17h30, última modificação 26/06/2025 21h44

 

A vereadora Elzinha Mendonça (PP) apresentou a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rio Branco, na quinta-feria,26, o projeto de resolução que reserva 20% das vagas de estágio e menor aprendiz na estrutura da Casa para jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A proposta foi construída coletivamente após audiência pública com mães atípicas, profissionais da saúde, educadores e representantes da sociedade civil.

“Esse projeto é muito mais que uma proposição legislativa. É uma resposta concreta ao que ouvimos das famílias e dos profissionais que vivenciam diariamente os desafios da inclusão”, declarou Elzinha, ao destacar o simbolismo da medida como um marco de transformação institucional.

A vereadora explicou que a audiência pública realizada na segunda-feira (23) foi um espaço de escuta sensível, onde relatos emocionantes de mães e cuidadores revelaram o impacto do preconceito, da desinformação e da falta de oportunidades adaptadas no dia a dia de jovens autistas.

A proposta de Elzinha se ancora na Lei Federal nº 12.764/2012, que reconhece a pessoa com TEA como pessoa com deficiência para todos os efeitos legais. “A inclusão precisa sair do discurso e se materializar em ações concretas. É isso que estamos fazendo”, reforçou.

O projeto prevê, além da reserva de vagas, condições para garantir a acessibilidade no ambiente de trabalho, acompanhamento técnico especializado quando necessário, e ações de sensibilização das equipes que receberão os estagiários. “Não basta abrir a porta, é preciso garantir que ela permaneça acessível”, destacou.

A medida recebeu apoio de colegas parlamentares e foi elogiada por sua abordagem técnica e sensível. “A Câmara pode ser exemplo para outras instituições. Precisamos mostrar que inclusão é possível e que a diversidade é um valor a ser cultivado nas estruturas públicas”, concluiu a vereadora.

O projeto de resolução segue agora para análise das comissões da Casa e, se aprovado, poderá entrar em vigor ainda este ano. A expectativa é que outras instituições públicas e privadas do Acre se inspirem na iniciativa.