Vereador Éber Machado cobra da prefeitura projeto em favor dos ACS e ACE
Durante a sessão de terça-feira, 7, na Câmara Municipal de Rio Branco, o vereador Éber Machado (MDB) fez um discurso contundente em defesa dos agentes comunitários de saúde (ACS) e dos agentes de endemias (ACE), além de denunciar novamente o que classificou como “irregularidades graves” na gestão municipal e nas obras públicas da capital.
O parlamentar lamentou o descaso do Executivo com os servidores da saúde e pediu que a Câmara trave a pauta de votações até que o projeto de lei que trata do piso salarial da categoria seja encaminhado pelo prefeito. “Esse projeto era pra estar aqui desde quinta-feira e não veio. Se não vieram, é porque não têm responsabilidade com vocês”, afirmou.
Segundo Éber, os agentes são fundamentais para o sistema público de saúde, pois “entram nas casas, conhecem a realidade e fazem a prevenção”. O vereador disse ainda que não adianta discursos de apoio se o governo municipal não respeitar o compromisso firmado com os trabalhadores. “Essa casa precisa dar o exemplo. Se quiser resolver a situação, tranca a pauta. Esse é o caminho da verdade e do reconhecimento pelo trabalho de vocês”, reforçou.
Denúncia sobre Zona Azul
Éber também voltou a tratar das irregularidades envolvendo a empresa Rizo Park, responsável pela operação da Zona Azul em Rio Branco. Ele apresentou documento da RBTrans confirmando que a empresa não possuía a autorização definitiva para operar o serviço desde 2022.
“O próprio órgão admite que a empresa estava funcionando de forma irregular. Isso é crime de prevaricação. A RBTrans sabia e não fez nada”, disse o vereador ao pontuar que teria sido acionado judicialmente pela empresa após expor o caso, mas disse que não se intimidará. “Eles querem me responsabilizar, mas eu apenas cumpri meu papel como fiscal do povo. Se for preciso ir à Justiça para defender a população, eu vou. Custe o que custar”, declarou.
Durante o pronunciamento, o parlamentar exibiu um vídeo mostrando obras recentes com falhas estruturais e trechos refeitos poucos meses após a inauguração. Segundo ele, a praça da Vila Custódio Freire, inaugurada em 2024, já está passando por nova reforma, e a ponte da Porto Judia, que teria custado quase R$ 9 milhões, apresenta problemas graves.
“O dinheiro do povo está sendo jogado no lixo. É revoltante ver a gestão se orgulhar de obras que precisam ser refeitas em menos de um ano”, criticou.
O vereador afirmou que encaminhou denúncias ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, mas lamentou a falta de providências. “Às vezes desanima. A gente denuncia, oficializa os órgãos de controle e nada acontece. Mas peço que não deixem a gente desistir, porque estamos fazendo a nossa parte”, disse.
Éber encerrou o discurso lamentando a morte de Maria da Graça Maciel, moradora de Manoel Urbano, que sofreu um acidente em um ramal sem pavimentação. Ele afirmou que a Prefeitura deve ser responsabilizada. “Foi uma mãe que perdeu a vida por causa de buracos. Asfaltaram um lado e deixaram o outro. A Prefeitura precisa responder por isso”, concluiu.