Câmara reforça compromisso com políticas públicas para pessoas com Autismo
Atendendo a requerimento do vareador Rutênio Sá (UB), a Câmara Municipal de Rio Branco abriu espaço para a Tribuna Popular, na sessão de qyarta-feira,13, conforme previsto no artigo 202 do Regimento Interno, para discutir o tema Autismo. O debate contou com a participação da psicóloga Isabela Lima Abugoche, Cláudio Rodrigues da Fonseca, da fisioterapeuta Andréia Costa e de representantes dos institutos Vivens e Alvarus.
Na oportunidade, Isabela Abugoche destacou a importância do diagnóstico precoce e da estimulação adequada para ampliar a autonomia e o desenvolvimento das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela ressaltou a necessidade de ampliar políticas públicas, capacitar mediadores escolares e criar mais vagas em clínicas especializadas, observando que o Acre possui um dos maiores índices de diagnóstico do país.
O representante Cláudio Rodrigues da Monsilha reforçou a urgência de atuação do poder público para reduzir a fila de espera por atendimento especializado. “O caminho para que esses pais se prendam é muito árduo e difícil. Além da preocupação com o desenvolvimento e o bem-estar dos filhos, eles enfrentam filas intermináveis para conseguir um diagnóstico e atendimento. Isso não pode ser tratado como algo privado, é de interesse de toda a sociedade”, afirmou.
Por fim, o presidente da sessão agradeceu a presença dos convidados e reforçou que a Câmara tem se mantido atenta e comprometida com a pauta do autismo, considerando-a recorrente e de grande relevância social. "O objetivo é transformar os debates em ações efetivas, garantindo atendimento integral, inclusão e dignidade às pessoas com TEA e suas famílias".
Posicionamento dos Vereadores
Diversos parlamentares se manifestaram em apoio à causa:
Elzinha Mendonça destacou a destinação de emenda parlamentar para a Associação de Amigos e Pais de Autistas (ANPAC), visando ampliar a intervenção precoce e capacitar profissionais.
Éber Machado criticou a falta de prioridade da gestão municipal na área, citando a demanda represada e a não execução de leis já aprovadas, como o censo municipal de crianças com TEA.
André Kamai ressaltou a ausência de uma política pública estruturada para pessoas com autismo em Rio Branco e defendeu a integração de ações nas áreas de saúde, educação e cidadania.
Lucilene Vale enfatizou a carência de neuropediatras e a urgência na contratação de médicos e especialistas para viabilizar diagnósticos e tratamentos.
Samir Bestene lembrou emendas destinadas para consultas com neuropediatras e projetos como a inclusão do símbolo do autismo em vagas de estacionamento.
Matheus Paiva destacou a importância de políticas que apoiem tanto as crianças quanto as famílias, citando a falta de mediadores e a criação de projetos como a Semana da Mãe Atípica.