André Kamai volta a defender instalação de CPI para investigar assédio contra servidores públicos
O vereador André Kamai (PT), em pronunciamento da sessão de terça-feira, 26, na Câmara Municipal de Rio Branco, voltou a reforçar a necessidade de investigação sobre denúncias de assédio e coação contra servidores na administração pública.
Kamai iniciou sua fala esclarecendo que a oposição não assinou o pedido de afastamento do superintendente da RBTrans porque não foi incluída na lista de assinaturas, e destacou que a base governista vem praticando de forma recorrente a exclusão de iniciativas da oposição.
O parlamentar também relembrou que áudios atribuídos ao superintendente da RBTrans teriam mostrado situações de coação de servidores para apoio político. Segundo ele, os trabalhadores relatam os casos de forma reservada, por medo de retaliações, o que reforça a gravidade das denúncias.
Em sua fala, Kamai criticou o comportamento do Executivo municipal diante das situações relatadas. “Em casos de assédio, a postura do prefeito tem sido defender o assediador e não a vítima. Isso cria um ambiente de medo e de silêncio entre os servidores”, afirmou.
Diante desse cenário, o vereador defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os casos de assédio. “A CPI é um instrumento legítimo e necessário. Não se trata de perseguição, mas de garantir que os servidores tenham um ambiente de trabalho digno e livre de coação”, reforçou.
Kamai também citou episódio recente envolvendo uma servidora do Estado que, após a demissão de contrato provisório, foi encontrada morta em casa dias depois. Para ele, o caso evidencia a necessidade de atenção humanitária e responsabilidade por parte das gestões públicas.
Por fim, o parlamentar pediu que o debate seja mantido em um nível de respeito e verdade, sem disputas políticas. “Se há real interesse em investigar e combater o assédio, é preciso assinar a CPI ou aprovar o pedido já protocolado. Estamos tratando da vida e da dignidade de servidores públicos”, finalizou.