Kamai denuncia irregularidades no transporte coletivo e cobra transparência da prefeitura
O Sistema de Transporte Coletivo de Rio Branco voltou ao centro do debate na Câmara Municipal de Rio Branco. Na sessão de quarta-feira, 27, o vereador André Kamai (PT) relatou ter recebido documentos de uma empresa proprietária de 50 ônibus que estão em circulação na cidade e que cobra dívidas da empresa Rico, responsável pela operação do sistema.
Segundo o vereador, "a empresa questiona a Prefeitura de Rio Branco sobre a regularidade do cadastro da frota, a ausência de informações sobre o contrato de concessão, os subsídios pagos e a arrecadação do setor".
O parlamentar destacou que o portal de transparência do transporte coletivo da Prefeitura não é atualizado desde 2020, o que, segundo ele, impede a população e as empresas interessadas de terem acesso a dados básicos.
Diante da situação, Kamai anunciou que encaminhará os documentos recebidos ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público, reforçando denúncia já protocolada por outro vereador. Ele classificou o transporte coletivo da capital como “um serviço péssimo, desastroso, marcado pela incompetência e possivelmente por corrupção”.
O vereador também relatou ter participado de um fórum sobre transporte coletivo realizado na Universidade Federal do Acre (UFAC). Durante a sessão, apresentou um vídeo com depoimentos de estudantes que expressam indignação com as condições do sistema, reforçando a insatisfação da população, em especial de trabalhadores e jovens que dependem diariamente dos ônibus.
O parlamentar lamentou ainda o assassinato brutal de uma mulher na capital, crime que chamou de “trágico e cruel”. Para Kamai, a postura das autoridades públicas tem influência direta no enfrentamento ou no agravamento da violência de gênero.
Ele reforçou a necessidade de não permitir que esses episódios caiam no esquecimento e defendeu mais atenção do poder público ao problema.